Oratória com Ethos, Pathos e Logos – Lições de Aristóteles

Ethos, Pathos e Logos e suas funções na oratória moderna

Não podemos falar desta tríade sem falar do seu criador.

Mas afinal quem é esse tal Aristóteles?

Aristóteles foi um filósofo grego da antiguidade, supostamente nascido em 384 a.C. e foi importante por várias razões e é considerado um dos pais da oratória como a conhecemos.

Ele foi discípulo de Platão, que foi discípulo de Sócrates. Juntos, essa “escola” fez a humanidade dar um salto em termos de ideias.

Através do estudo e do embate de ideias, Aristóteles compôs uma de suas grandes obras: o livro “A Retórica”, um clássico quando o assunto é comunicação, persuasão e oratória.

Através desse livro, o filósofo categorizou a retórica como um dos três elementos-chave da filosofia. Logo, são eles: a lógica, a dialética e a retórica.

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Quando o filósofo Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu os três livros que compõem a “Retórica” possivelmente estaria longe de imaginar que passados vários séculos a sua obra continuaria actual e útil para quem procura persuadir o seu público-alvo por meio da retórica.

Segundo Aristóteles, existem três aspectos fundamentais na persuasão. São eles: ethos, pathos e logos.

Ethos

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Uma curiosidade, o termo “ética” é derivado dessa palavra, o que já é bastante explicativo. O ethos é a percepção que o público tem sobre a sua autoridade e a sua boa moral.

O Ethos refere-se às características do orador que podem influenciar o processo de persuasão, como a sua autoridade, honestidade e credibilidade em relação ao tema em análise. A capacidade de dialogar do orador e a sua apresentação também estão incluídas nas competências que poderão levar à persuasão.

Traduzindo para o nosso mundo: não basta ser bom, você precisa parecer bom.

Ou seja, ao construir sua apresentação você deve levar em conta alguns elementos:

  • Deixar claro suas boas intenções e como elas podem melhorar a vida da sua plateia
  • compartilhamento das suas melhores experiências;
  • uso de uma linguagem amigável;
  • segurança em comunicar.

Logos

Ethos, ética. Logos, lógica. Mesmo raciocínio. O logos é como se houvesse um “espírito de razão” nos seus discursos.

O Logos diz respeito ao conteúdo do discurso, ao uso da lógica. Isto é, à forma como a tese é apresentada (a clareza do discurso, o uso de técnicas como a repetição, a escolha minuciosa da ordem dos argumentos, o evitar ou uso hábil de falácias) e à força dos seus argumentos, diminuindo as hipóteses de refutação.

Para Aristóteles, a sua fala em público não será convincente se você não puder provar logicamente o que está dizendo o que é uma grande verdade, embora não seja este o fator preponderante para o sucesso de sua apresentação.

Sim. A ausência de logos afasta a audiência. E, para não cometer esse erro crasso, é melhor você:

  • não ser ambíguo ou redundante. Explique com poucas palavras o máximo de significado que conseguir encontrar, não o contrário;
  • não exagerar na força das expressões. Só faça promessas que você pode cumprir.
  • ao falar sobre fatos e estudos, sempre dar os créditos e inserir as fontes da sua pesquisa.

Pathos

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Pathos, por consequência, gera a palavra “empatia”. O pathos é a capacidade de extrair a emoção do público. Não é à toa que até emoções ruins atraem mais audiência.

Por sua vez, o Pathos refere-se ao apelo ao lado emocional do público-alvo. Por exemplo, quando o orador, que se apresenta como membro da audiência, apela às emoções desta última através de metáforas ou de manifestações físicas de emoções (como sorrisos ou lágrimas). Para isso, é imprescindível ter um conhecimento antecipado de como comover o público.

Em outras palavras, sentimentos convencem. A persuasão sempre é amparada por um discurso emocionado.

Para dispará-los, você precisa fortalecer o pathos do seu texto da seguinte forma:

  • utilize o storytelling para fazer o interlocutor se ambientar na narrativa;
  • dialogue com a sua persona. Faça perguntas, fale dos problemas que ela enfrenta e gostaria de solucionar.
  • encerre com frases de efeito. Guarde os momentos mais “chocantes” para o final, gerando uma expectativa forte na sua plateia.

Lembra da estrutura, início impactante, conteúdo relevante e final emocionante?

Previsivelmente, o ideal será combinar estas três componentes em qualquer processo de persuasão, de modo a que o Logos possa apoiar o Ethos do orador (e vice-versa) e que o Pathos ajude à aceitação dos argumentos racionais (o Logos).

Resumindo:

Ethos: a argumentação retórica com apelo no caráter do orador.
Pathos: a argumentação retórica com apelo na emoção
Logos: a argumentação retórica com apelo na lógica

O Ethos (às vezes chamado de apelo à ética), então, é usado como um meio de convencer uma plateia através da autoridade ou credibilidade do orador.

Pathos (apelo à emoção) é uma maneira de convencer o público de uma discussão, criando uma resposta emocional a um apelo apaixonado ou a uma história com riqueza de detalhes irrefutáveis, que usam os sentidos para gerar mais emoção.

Logos (apelo à lógica) é uma maneira de convencer uma audiência com a razão, usando fatos e números estrategicamente pensados para acionarem a parte mais lógica do cérebro.

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Contexto histórico

Sem dúvida nenhuma a oratória desde os primórdios ou desde que ela começou a ser estudada como uma ciência no século V a. C. Se baseou nestes três pilares, Ethos, Pathos e Logos,

Os estudiosos apontam o surgimento da oratória na criação do “manual de retórica” em Saracusa, na Sicília (que hoje faz parte da Itália, mas na época fazia parte da Grécia). Através de dois gregos, Tísias e Córax, os autores do manual e os primeiros a ensinar esta poderosa habilidade tão importante até os dias de hoje

Com o passar dos anos, (e dos séculos), o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) tornou esta arte ainda mais importante ao escrever a obra Retórica, profundamente estudada até os dias de hoje.

Na antiguidade, a retórica e a oratória eram ferramentas à disposição apenas dos cidadãos, ricos e influentes nas decisões políticas de sua sociedade, por isso era considerada uma arte tão nobre e importante no contexto da época.

A Retórica é considerada, desde a Antiguidade até nossos dias, a arte da palavra por excelência. Designa o método de construir o discurso artisticamente e, consequentemente, a arte de persuadir.

Vários fatores concorreram para o seu desenvolvimento. O prazer de falar e de fazê-lo artisticamente já era, na Antiguidade, cultivado pelos gregos que como todos sabem valorizavam muito a estética e a beleza. Na Grécia, o cidadão era estimulado à vida pública e a Retórica tornara-se, então, condição prévia para uma carreira vitoriosa. A educação retórica, combinada com o ensino da Lógica e da Dialética, devia capacitar o discípulo a influenciar seus ouvintes através de uma fala eloquente.

A Retórica dá os primeiros sinais de vida na Grécia e na Sicília. As suas origens remontam a Empédocles e aos pitagóricos, que desenvolveram uma Retórica medicinal pelo poder encantatório que se conferia às palavras e ao discurso.

Córax e Tísias (Século V a.C.)

Atribui-se a Córax e Tísias o mais antigo tratado de Retórica de que se tem notícia. Foram eles os primeiros a teorizar e a sistematizar métodos e preceitos para a boa escrita e fala. Deles, sabemos ainda que o primeiro foi mestre e o segundo, discípulo, de acordo com a conhecida anedota referida por Hermógenes, segundo o qual Tísias teria se recusado a pagar a Córax pelo ensino recebido, afirmando que,

se fora bem instruído por ele, estava em condição de o convencer a renunciar ao honorário e, se não o estava, é porque fora mal instruído, não sendo, portanto, devedor de honorário.

Segundo o testemunho platônico, o fundamento filosófico da Retórica de Tísias e Córax era que “o verossímil é mais estimável do que o verdadeiro”. A base da Retórica de Córax e de Tísias era a procura do verossímil e, portanto, a sua Retórica devia ser de tipo caracteristicamente probatório, de procura de provas, tipo que depois seria referido e discutido por Aristóteles. Com isso, a Retórica assumia o aspecto de ars , com preceitos assentados com Córax e Tísias. Enquanto estes defendiam uma Retórica científica, baseada na demonstração técnica do verossímil, uma outra escola, contemporânea, praticava e irracional que a palavra, sabiamente usada, exerce sobre a alma dos ouvintes.

Os Sofistas (V a.C.)

Em Atenas, essa arte se consolida definitivamente por obra dos sofistas, que abrem as primeiras escolas de Retórica, nas quais se ensinavam, entre outras coisas, a fazer belos discursos sobre qualquer assunto consideravam verdade e justiça como relativas e, em consequência, treinavam seus alunos a defender quaisquer dos lados de uma questão, não importando se justo ou injusto, cobiçando apenas ganhar a causa, sem levar em conta os aspectos éticos.

Enquanto Platão se indispunha, oficialmente, contra a Retórica, seu grande adversário e contemporâneo, Isócrates, buscou conciliar as duas linhas da Retórica. Procurou cumprir igualmente a exigência gorgiana de uma arte da persuasão e a exigência da busca filosófica, defendendo a idéia de que a sabedoria, ou filosofia, de nada vale sem a Retórica, assim como esta nada vale sem a sabedoria.

Nas suas palavras, a Retórica se faz uma arte de bem pensar, bem viver e bem falar. É com Isócrates que a elocução conhece dias de glória e se inicia a prosa artística. Para ele, a palavra é um dom divino, pois a arte da palavra não é um mero exercício formal, mas uma técnica que, ao mesmo tempo, é educação e desenvolvimento do homem. Todavia, este retor cuidou muito mais do aperfeiçoamento do estilo da elocução do que do estudo de seu conteúdo, levando ao máximo desenvolvimento a técnica da simetria e da antítese, que herdara de Górgias. Isto provocou, contra si, primeiro a hostilidade de Platão e, a seguir, a de Aristóteles, os quais viam nele o triunfo da pura forma e da falta de conteúdo.

Aristóteles (384-322 a.C.)

Também no domínio da Retórica, a primeira posição de Aristóteles foi determinada pela influência platônica. A obra em que exprimiu, ainda em sua juventude, por volta de 360 a.C., seu pensamento sobre essa arte foi o diálogo Gryllos, de que restam apenas poucos fragmentos. Esse diálogo representa apenas uma primeira fase, transitória, do pensamento retórico aristotélico; sua teoria Retórica madura se encontra nos seus três livros Sobre a Retórica, que sintetizam essa arte.

Aristóteles, ethos, pathos e logos

Aristóteles sustenta que a Retórica é a arte de descobrir, em qualquer questão, os meios de persuadir, defendendo com maestria a tese de que a “verdadeira retórica deve ser, antes de tudo, uma técnica rigorosa do argumentar”. Por isso o conceito criado por Aristóteles Ethos, Pathos e Logos se tornou tão importante para as bases da Oratória como a conhecemos hoje.

Os fundamentos da Retórica estão assentados no pressuposto de que o orador deve persuadir, orientando seu discurso com o objetivo de levar seus ouvintes a determinadas conclusões. Essa intenção persuasiva só se efetua por meio de um argumento consistente. No entanto, essa persuasão deve ocorrer de modo brando e efetivo, exercido com maestria, e não imposto. Então, como proceder diante desse aparente paradoxo?

Aristóteles defendia a idéia de que, para a credibilidade do orador, não era suficiente apenas uma Retórica demonstrativa, com argumentos lógicos, mas era necessária, também, uma Retórica emocional, que visava a tornar digno de fé o orador por sua atitude e por seus argumentos, além, é claro empírica: a experiência ou sabedoria, a virtude e a benevolência. Esses três elementos constituem o caráter do orador, o seu ethos .

Contudo, para o pensador grego, ao lado do ethos, o orador deve possuir a capacidade de suscitar paixões em seu ouvinte, a pathos . Não basta que o orador apresente uma dada atitude, é necessário que ele procure também tornar favorável a si a postura emotiva do ouvinte. Desse modo, a Retórica Antiga (ou aristotélica) centralizava-se nestes dois elementos fundamentais: ethos pathos, termos gregos que, apenas de forma aproximada podem ser traduzidos, respectivamente, em língua portuguesa, por caráter paixão. De fato, ethos não é só caráter, mas atitude, costume, moralidade, elementos todos que aparecem na disposição do orador e constituem um conjunto de atitudes ao qual se convencionou chamar ética, enquanto que pathos não é apenas paixão no puro sentido de uma inflamada emoção, mas é todo o universo da irracionalidade emocional, que se condensa na expressão do patético.

Logo, o ato de argumentar, que se dirige à razão através de um raciocínio lógico e provas objetivas, ultrapassa o simples ato de convencer. Deve ser, por conseguinte, baseado em ethos phatos, procurando atingir a vontade e o sentimento da plateia por meio de argumentos plausíveis e de caráter ideológico e subjetivo.

Os “modos de persuasão” de Aristóteles – São meios de convencer os outros a acreditarem em um ponto de vista particular. Eles são frequentemente usados ​​em redação de discurso e publicidade para influenciar o público.

Ethos, Pathos e Logos e a Oratória Moderna.

As bases da oratória moderna, mesmo que de forma intrínseca estão nestes três pilares, por isso ao buscar um curso de oratória, leve em consideração as suas bases, porque infelizmente no Brasil vemos diversas escolas de oratória que sequer trabalham esses conteúdos basilares, assim sendo podem mais atrapalhar o desenvolvimento do orador do que de fato ajudar, afinal de contas é impossível aprender oratória sem passar por esta etapa.

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